sexta-feira, 13 de maio de 2011

GENETICA EM FOCO



ATIVIDADE AVALIATIVA PARA O 3º EM A, B e C

Qual é a sua cor?
Em 2007, a UFMG, patrocinou uma pesquisa coordenada pelo geneticista Sérgio Pena, que traçou a ancestralidade de algumas celebridades negras brasileiras. Ficou confirmada a ascendência africana de alguns, como Sandra de Sá (com 96% de ascendência subsaariana), e também trouxe algumas surpresas, como o sambista Neguinho da Beija-Flor, que tem 67,1% de ascendência européia – um caso em que o fenótipo, a aparência externa, parece discordar do genótipo, a composição do DNA. Já a ginasta Daiane dos Santos tinha 39,7% de ancestralidade africana, 40,7% européia e 19,6% ameríndia.

O estudo de Pena usou marcadores de DNA, ou haplogrupos, sequências que ocorrem em partes de determinados cromossomos. Funciona assim: O código genético humano é como um livro escrito com quatro letras, ATGC, as bases nitrogenadas que compõem o DNA. Marcadores são trechos dessas bases que acontecem numa ordem conhecida (ex: ATCGGCCAT), numa parte conhecida dos cromossomos, que se descobriu que ocorrem em alguns povos, mas não em outros.
Assim, tendo noção dos marcadores, e analisando-se os cromossomos das pessoas, é possível saber se elas têm genes típicos de um povo ou outro.

Pena no ano 2000 já havia conduzido um estudo de DNA mitocondrial e cromossomo Y apenas em brasileiros autodeclarados brancos, de todas as regiões do país. Dentre eles 98% tinham ancestrais paternos europeus, mas 60% possuíam DNA mitocondrial indígena ou negro. O cromossomo Y é passado intacto de pai para filho. Já as mitocôndrias são transmitidas de mãe para filhos e filhas, por meio do citoplasma do óvulo, o gameta feminino. Mutações são raras nessas partes do código genético, que não passam pelo processo de entrelaçamento dos demais cromossomos.
No entanto, os testes de DNA mitocondrial e cromossomo Y não dão uma proporção de ancestralidade – apenas dizem de que região geográfica veio o ancestral que deu origem às mitocôndrias e ao cromossomo Y da pessoa; diferentemente do teste de haplogrupo.

No Brasil, mais do que em muitos lugares, as aparências enganam. Quão longe da verdade está que se imagina de alguma forma “puro” ou  “superior”.
Adaptado do Guia do Estudante – Abril coleções – Enem 2010 – p.31.

ENCONTRE A MELHOR RESPOSTA

1 – No Brasil, a identidade racial das pessoas é questão de fenótipo ou genótipo?
2 – É possível que um brasileiro tenha um haplogrupo típico da península ibérica e outro do povo bantu (grupo localizado principalmente na África Subsaariana)?
3 – Esse mesmo brasileiro pode ter mitocôndrias ibéricas e subsaarianas ao mesmo tempo?

4 – Suponha que um geneticista esteja buscando marcadores genéticos em amostras de DNA de um brasileiro. Considere as afirmativas:
I  - Se o paciente tem o haplogrupo ACTGCACAGTTG no cromossomo esperado, e isso é reconhecido como uma sequência típica de uma tribo de Angola, ele tem provavelmente algum ancestral africano.
II – Os dados permitem concluir que foi muito comum homens europeus se casarem com mulheres africanas ou indígenas e também homens indígenas ou negros se casarem com européias.
III- Se forem detectados apenas haplogrupos europeus, mas o DNA mitocondrial é indígena, isso significa que ele tem uma ancestral indígena provavelmente distante.
→ Estão corretas:
a) Todas as afirmações.               b) Apenas I.               c) I e II.
d) II e III.                                      e) I e III.

5 – Um fabricante afirma que um produto disponível comercialmente possui DNA vegetal, elemento que proporcionaria melhor hidratação dos cabelos. Sobre as características químicas dessa molécula essencial à vida, é correto afirmar que o DNA
a) de qualquer espécie serviria, já que ele sempre tem a mesma composição.
b) de origem vegetal é diferente quimicamente dos demais, pois possui clorofila.
c) das bactérias poderia causar mutações no couro cabeludo.
d) dos animais encontra-se sempre enovelado e é de difícil absorção.
e) de características básicas assegura sua eficiência hidratante.

6 – O esquema a seguir representa um modelo de transmissão da informação genética nos sistemas biológicos. No fim do processo, que inclui a replicação, a transcrição e a tradução, há três formas protéicas diferentes, denominadas a, b e c.

DNA→ replicação→DNA→transcrição→RNA→tradução→Proteínas (a, b, c....)

→Depreende-se do esquema que:

a) A única molécula que participa da produção de proteínas é o DNA.
b) O fluxo de informação genética, nos sistemas biológicos, é unidirecional.
c) As fontes de informação ativas durante o processo de transcrição são as proteínas.
d) É possível obter diferentes variantes protéicas a partir de um mesmo produto de transcrição.
e) A molécula de DNA possui forma linear, e as demais moléculas possuem forma de fitas simples helicoidais.

Faça um bom trabalho. Faça o seu melhor.

Data para entrega da atividade: até 27/05/2011 → valor 2,0 pontos.
Em 30/05/2011 → valor 1,0 pontos.
Excetuam-se casos previstos por lei e pelo estatuto da Escola.
A atividade deverá ser entregue ao professor, em aula de Bio, digitada, com capa e devidamente caracterizada ou também remetida via Mail